segunda-feira, 27 de junho de 2011

Analogia

As relações humanas e suas peculiaridades refletem em todas as esferas da sociedade. Por analogia podemos chegar a conclusões sobre questões confusas para nós.

Fiz muitos processos seletivos para vaga de estágio durante a faculdade e em cada um deles fui adquirindo mais experiência. Pessoa ansiosa que sou, sempre ficava pensando e pensando muito sobre cada pergunta e resposta realizadas na entrevista individual. Depois de muitos processos, conseguia sacar de cara se eu seria escolhida ou não.

Alguns processos foram muito dolorosos, partiram meu coração. O mecanismo que descobri para superar essas decepções foi tentar entender melhor como todo o processo funciona. Quando participamos de um processo seletivo, dependemos do crivo de alguém, ou seja o gestor da vaga. É ele quem decide se devemos ser escolhidos e estabelece os critérios de avaliação. E, ao final, uma coisa é certa: o gestor escolhe mais por empatia do que por currículo. Entre duas pessoas com currículos similares, o gestor escolherá aquela por quem teve mais empatia. Isso não se explica, não se força, é algo íntimo e ninguém pode manipular.

Fui percebendo que por mais que eu atendesse aos requisitos da vaga e ter um ótimo currículo, eu precisava despertar algo mais no recrutador, algo íntimo, que me diferenciasse dos outros candidatos. É também uma questão de perfil psicológico. O gestor procura um profissional que esteja na mesma frequencia psicológica que ele e que atenda àquela vaga. Ao perceber isso, parei de tentar demais, fazer demais ou me preocupar exageradamente com roupas, maquiagem e cabelo para as entrevistas. Cheguei a conclusão que eu deveria apenas ser eu mesma, com minhas roupas que usaria em qualquer dia de trabalho normal, formal sem exageros.Porque o mais importante eu não poderia controlar: a empatia do entrevistador.

Pois bem, assim é na vida amorosa: muitas vezes nos esforçamos muito, queremos muito e lutamos por uma relação, mas se a outra parte não sente empatia por nós, nossos esforços são em vão. Nos processos seletivos amorosos nós mostramos o nosso melhor, ocultamos nossos defeitos e ressaltamos nossas qualidades. E por mais que mostremos nossa melhor face, o fator determinante é invisível aos olhos. Não podemos colocar borboletas no estômago de ninguém. Isso acontece ou não. É uma questão de perfil. Assim como no mundo corporativo, talvez nosso perfil não se encaixe para aquela vaga ou não estávamos num bom momento para tentar aquela ocupação.

Portanto, não tente demais. Não devemos nos encaixar nas expectativas alheias, mas buscar a vaga que é perfeita para o nosso perfil.

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